Este texto não é da minha autoria:
" Descobridores 2
Da
investigação que estamos a realizar sobre o Castelo de Castelo Branco
demos com este esquecido, claro, artigo de título “Castelo de Castelo
Branco. Escavações de emergência revelam passado urbano albicastrense”
publicado na já extinta revista Raia, número 25, que tinha por director o
nosso companheiro raiano Pedro Rego da Silva. (Pedro à «tua» revista
dedicarei em breve um post longo.) O artigo, de Ramos Esteves, noticia
as escavações de emergência que aí tiveram lugar, oficialmente,
orientadas pela nossa velha conhecida Drª Sílvia Moreira mas que contou
com umas quantas ajudas.
A
dado momento, no artigo, adivinhem lá quem é que disse: « acreditamos
que a arqueologia do castelo de Castelo Branco terá ainda muitas coisas
para mostrara e certamente nos reserva gratas surpresas nas
investigações futuras. A zona histórica pode e deve torna-se num grande
laboratório de história urbana, e nesta linha, a arqueologia não é mais
do que um conjunto de processos para se reconhecer o passado. E mesmo se
esse passado fosse de ontem, já seria objecto de investigação
arqueológica. Mas nos domínios das fontes seguras ainda se sabe muito
pouco. Repare encontrámos vários objectos de ferro como pregos, argolas,
balanças. Serão produções locais’ Onde é que situariam os fornos? E as
cerâmicas? Houve em Castelo branco uma rua e um Bairro dos Oleiros? E o
que é que sabemos hoje desses quotidianos? Muito pouco ou quase nada.
Por isso dizemos que a arqueologia desenterrará a memória. (…) a
comummente chamada zona histórica de Castelo Branco tem sido alvo de
destruições sistemáticas e de descaracterizações sucessivas. Esta
realidade está atenuada, vontade da actual autarquia. O diagnóstico está
feito mas os efeitos paliativos tardam. E ao nível da investigação
histórica a mesma terá que resultar duma equipa transdisciplinar
conjugando a escavação com a pesquisa do arquivo. As fontes materiais
por si não reconstituem os quotidianos históricos na sua total
dimensão.»
Pois é meu caro Amigo, já diz o outro - Isto de ter razão antes do tempo é muito complicado…O artigo tem data de Setembro de 2000!
Valerá
a pena comparar as mensagens que o castelo produziu nestes últimos oito
anos junto dos poderes, da Câmara ao antigo IPPAR. Não admitindo
pessoalismos ( a minha cara amiga – a tal- que me desculpe) , não
percebemos é como é que estas ideias e projectos foram completamente
abandonados. Terá sido pela vertigem obrística? Como se sabe, a cidade
AlbiPolis ficou, ao nível de arqueológico, completamente estéril!
Fantástico! Os antigos albicastrenses, pelo sabido, só abandonaram
pregos no Castelo e no adro detrás da Sé. Pregos santos, pregos santos.
Que santinhos!"
Fonte do texto:http://porterrasdoreiwamba.blogspot.pt/2008_07_01_archive.html