sábado, 25 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Que Quiduxos


E também há gente que precisa de óculos e secalhar fazer uma dieta e andar pela zona do Castelo e ver a pouca vergonha que lá se passa
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Os truques


O que se fala nesta página faz me lembrar de uma certa imprensa local.
Dou um queijinho a quem acertar

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Para os do poleiro


Vejam lá se fazem algo pela memória deles.
E não me venham com o CARNAVAL TEMPLÁRIO que fazem no castelo que é mais um desfile de coisas sem nexo.

Nós é que fomos importantes não foi Tomar
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

O Pelourinho recomenda uma visita


Eu também recomendo aos do Pelourinho a irem á zona do castelo e ver como se encontra.
Ou será que a gasolina/gasóleo está caro?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Castelo Branco, o sítio certo para ver o que não é cultura

 Quer ver a Igreja mais antiga da cidade cheia de buracos, humidade e grafitis?
VENHA A CASTELO BRANCO
 




 Quer ver um chafariz construído em finais do século XVI ao abandono e com cimento a tapar buracos?
VENHA A CASTELO BRANCO






 Quer ver a única torre que sobrou desde que os templários deixaram de reinar naquela que foi a capital deles em Portugal, cheia de lixo e com cheiro de urina?
VENHA A CASTELO BRANCO





 Quer visitar as ruas com história da zona antiga, cheias de lixo e com os tubos vermelhos e verdes?
VENHA A CASTELO BRANCO






 Quer visitar um jardim único no mundo que quase ninguém conhece por causa de muita competência de quem se encontrou/encontra no poleiro?
VENHA A CASTELO BRANCO


sábado, 11 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Castelo Branco na História em Histórias III

Tentativa de identificação dos elementos da imagem de Castelo Branco de Andrew Leith Hay recentemente divulgada e imagem actual da cidade a partir da Quinta das Olelas (Serra das Olelas); neste local encontrava-se um telégrafo visual para comunicar com Abrantes e Castelo Branco e próximo passava a estrada que ligava Castelo Branco a Vila Velha de Ródão, via Sarnadas. É uma hipótese que se coloca como local a partir de onde foi feito o desenho.




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Ex Futuro Museu das escavações III



A única explicação para os albicastrenses terem sido ENGANADOS é o dinheiro que o rei da Noruega dá para projectos que claro os do poleiro aproveitaram para fazer este museu ás 3 pancadas.

A pergunta que pode ficar se alguém me souber responder é quando é que os do poleiro decidiram fazer este museu? 





domingo, 5 de fevereiro de 2017 | By: Albicastelhano

Castelo Branco na História em Histórias

Descrição da passagem pela Beira-Baixa, a caminho de Espanha, de um oficial do exército Britânico em Novembro de 1808
 
(tradução livre, da língua inglesa do séc. XIX, por JVC)
(…). Não consigo fazer um relato interessante do traje desta parte do mundo já que os camponeses não têm hábitos peculiares. A marca mais característica é a cor castanho-escuro que é a tonalidade universal do seu vestuário que se compõe de pouco mais que jaqueta, calções e polainas. Usam um grande chapéu e capa sobre o ombro para completar o seu vestuário. As mulheres não exibem nada de especial para atrair atenção e têm uma extrema negligência na limpeza, o que lhes retira toda a beleza. (…) Vila de Rei era o lugar de paragem que tínhamos fixado para o resto do dia. É uma pequena aldeia no coração das montanhas, com pavimento de terra e sem árvores. Encontramos o capitão-mor, a pessoa mais importante do lugar, muito civilizado. Alojou-nos, alimentou-nos e realizou cada acto com uma humilde hospitalidade e com o zelo. Durante a refeição da noite fomos visitados pela gente da comunidade entre os quais o farmacêutico e pelo padre e um grupo de aldeões encheu a sala, observando-nos enquanto fumavam, enviando um odor que quase nos obrigou a parar de respirar para defender os nossos narizes. A nossa paciência para com estes intrusos rústicos certamente ganhou em comparação com a que os nossos predecessores gauleses terão tido para com eles que, longe de permitir que eles poluam a respiração dos seus pulmões imperiais, os perseguiram e desalojaram umas centenas de metros dos seus aposentos se qualquer um mais ousado se aproximasse, foi repelida a sua curiosidade à força de espada ou pau.
No dia seguinte partimos deixando o nosso anfitrião impressionado com os nossos ideais antifranceses e cheio de orações pelo nosso sucesso. Reunida a força, retomamos a marcha e fizemos os nossos lentos avanços para a aldeia mais próxima, Cortiçada, a quatro léguas de distância. A propósito, devo informar que essas mesmas léguas são as divisões mais longas daquele nome que eu já vi e correspondem a 4,5 milhas inglesas (…). Dizem-me que em Espanha são mais curtas e espero que seja assim ou teremos uma grande marcha em perspectiva antes de chegar ao corpo principal do exército(…).
(…)A estrada ao longo dos cumes das colinas, salvo uma excepção aqui e ali, era razoavelmente boa e tanto a artilharia como a cavalaria podiam continuar sem dificuldade. Havia cabras penduradas nas encostas das montanhas enquanto que, nos sopés destas, um arado de arrasto ia lavrando o solo escasso. A cena rústica em baixo, e a aspereza da montanha acima reuniam, numa imagem, os encantos opostos do cultivo e da natureza selvagem.
Na Cortiçada ficámos miseravelmente acomodados, mas, pelo menos, não pior do que os habitantes, pois dificilmente havia uma morada no lugar digna de ser chamada “casa”. O povo manifestou-se disposto a abrigar-nos e lamentou muito que os saqueadores franceses, na sua passagem para Lisboa, tivessem roubado quase todos os meios para nos servir. Devido a isso, foi com dificuldade que adquirimos milho para os nossos animais e o pouco que adquirimos pagamos exorbitantemente.
Durante nossa marcha foram-nos frequentemente mostrados os chapéus e braçais dos infelizes franceses que haviam caído, sacrificados pelas facas deste povo oprimido. Contavam-nos exultando, enquanto os exibiam, os detalhes de cenas sangrentas (…). Temo que essa vingança de base seja a única que a generalidade desta nação seja agora capaz de inventar. Não vejo entre eles nenhuma opinião sobre a sua libertação de um jugo estrangeiro, que ditam princípios de tipo mais nobre, a não ser uma alegria, apenas natural, de sentir o alivio do insulto e a repressão. Nenhum grande ponto de vista relacionado com a liberdade e as vantagens nacionais parecem entrar na sua cabeça; tudo o que eles pensam é a fuga temporária de inconveniência pessoal e tenho a noção de que se os generais de Napoleão agissem com menos rigor e mais condescendência teriam facilmente ganho a confiança das pessoas (…). Mas quando os títulos da nobreza nativa são assumidos e suas propriedades sequestradas, quando as classes mais baixas são oprimidas e saqueadas, não é de se admirar então que todo corpo ferido busque reparação pelos males desferidos.
De Cortiçada seguimos para Sarzedas, a cinco léguas. Partimos com excelente tempo e desfrutamos de muitas cenas nobres. (…) O aspecto geral da visão lembrou-me, com uma semelhança gigantesca, as partes mais sublimes do norte de Gales. Se esta região colossal possuísse alguns lagos teria uma riqueza acrescida nos seus vales, não atrás dos da Suíça (…). A alguma distância de Sarzedas chegamos a um desfiladeiro, aparentemente, facilmente defensável. Quatro fortes foram construídos em pontos estratégicos cobrindo todo o horizonte visual e com apenas uma estrada viável até ao rio que corre no sopé destas montanhas. No Inverno o caudal da água deve ser formidável, pois, pela sua situação entre as colinas, naquela estação do ano, torna-se uma torrente mais rápida e caudalosa. Esta defesa natural pode ser mantida com poucos homens impedindo a penetração de qualquer corpo de tropas neste quarto do reino. Não obstante tal vantagem, o general Junot entrou aqui sem que nenhuma precaução tenha sido tomada pelo país avançando sem oposição. Nessa incursão, ao atravessar um vale profundo, um pouco mais adiante, Junot verificou que a ponte sobre o rio tinha sido levada pela violência das águas. Ordenou então que um corpo de cavalaria nadasse na corrente, mas era demasiado forte e poucos conseguiram passar tendo-se afogado, na tentativa, mais de dois esquadrões. No fim do Verão, tendo sido particularmente seco, não nos deparámos com nenhum obstáculo deste tipo, sendo as águas, na maior parte dos lugares, facilmente transponíveis. Contudo, devido ao seu estado geralmente incerto, tornado assim por chuvas repentinas provocando súbitas cheias, a marcha de um exército através do interior deste país é extremamente precária.
Se algo aumentou consideravelmente a sublimidade da nossa observação foram as névoas e nuvens que velavam a paisagem, ocasionalmente abrindo clareiras, formando interessantes sucessões de luz e manchas na paisagem, intercaladas, numa requintada beleza. Depois de percorrer uma espécie de ondulante planície de colinas, chegamos a Sarzedas, uma aldeia construída no cume de uma elevação de aspecto romântico, rodeada de castanheiros e sobreiros. Há, à entrada ou muito próximo de todos estes lugares, um edifício pequeno, onde é depositada a produção de cereais para o consumo da comunidade. Aqui, perto desse celeiro, erguem-se quatro ou cinco grandes cruzes de pedra bem elaborados onde se vêm junto às bases, camponeses descansando, tornando o quadro bastante pitoresco. Embora difusa nas belezas naturais do país, não posso deixar de elogiar as cenas dos habitantes que lhe dão uma vida peculiar. Os nossos anfitriões foram muito civilizados para connosco, mas a comunidade não nos despertou grandes motivos de interesse ou animação. Constantemente recorreram à guitarra e muitas vezes atordoavam-nos com seus acompanhamentos vocais. Saímos da pequena aldeia às nove horas da manhã, sob uma chuva copiosa, que nos acompanhou todo o caminho até chegar a Castelo Branco, à distância de três léguas. Aqui, encontramos alguma insolência e falta de vontade para nos abrigar, mas o uso de métodos à maneira do processo militar francês, chamou à razão o responsável da cidade que se encarregou de nos alojar. Devido à intensidade da chuva, não houve grande possibilidade de percorrer a cidade, mas, o pouco que vi deixou-me convicto de que deve ser muito antiga. Os restos de um castelo elevado e de longas muralhas, proclamam a importância que teve no passado do reino de Portugal, sendo agora esplêndidos monumentos da arquitectura de eras passadas. A cidade está construída na encosta de um monte de granito conferindo-lhe um desenho peculiar e efeitos estranhos no interior, provocados por imensas massas de granito, sobre as quais se levantou em obstinação entre as capelas e outros edifícios, estes atribuídos como alojamentos, às tropas britânicas. A estrada, depois de deixar Castelo Branco, era excelente e a inclemência do tempo foi diminuindo pelo que viajámos com conforto tolerável. Passamos por uma ponte muito bem elaborada, evidentemente muito antiga, mas linda, e merece todos os elogios sem menosprezo para a arquitectura moderna dos portugueses. Seus tanques e fontes, tão úteis aos viajantes, decoram as estradas com todos os ornamentos apropriados de bom gosto e excelente acabamento. A noite deste dia levou-nos até Idanha-a-Nova. Este lugar é construído numa colina alta e rochosa possuindo as ruínas de uma antiga fortaleza da qual se divisa uma extensa planície e comanda a vista das montanhas espanholas. (…) O gado, os cereais e as azeitonas abundam e destas últimas extrai-se o azeite, em nada inferior ao italiano. A região é rica em víveres e aqui achamos tudo o necessário ao abastecimento, em grande abundância e a custos baixos. Os habitantes são muito melhores do que os seus vizinhos, embora a imundície e uma aparência indescritível de miséria os identifique como uma só família. Um solo tão exuberante nas mãos de um povo mais activo (pois estes só adquirem o nome de trabalhador em nome, mesmo) e quão valiosa seria esta parte do país para o reino! (…). No início da manhã prosseguimos a nossa longa marcha, descemos uma colina íngreme até à planície e atravessamos o rio Ponsul, rio que flui no sopé desta montanha íngreme e acidentada. A estrada é muito boa e sombreada ao longo do seu percurso (…). Quando do alto de uma colina nos voltamos para o caminho percorrido, os nossos olhos caíram sobre um extenso e sublime trecho de montanhas negras na retaguarda do nosso exército. O cume orgulhoso e alpino da rocha sobre a qual se ergue a fortaleza de Monsanto e as elevações mais próximas, perfuravam as nuvens enquanto mais longe, as montanhas estupendas nas vizinhanças de Guarda e Almeida, envoltas em neve prateada e cintilando ao sol, pareciam cobrir as nossas cabeças sob um céu azul. Ao levantar-me nessa manhã, a vista desde o castelo de Idanha-a-Nova era curiosa e bela. Nuvens roladas numa massa branca, abaixo na planície e a luz brilhante do sol, já alto, aparentavam um mar congelado, e coberto de neve. Mas quando o calor começou, a ilusão evaporou-se e as aberturas ocasionais neste oceano arejado, mostraram a paisagem e montanhas distantes com todo o encanto e beleza, a perder de vista.
Zebreira, onde paramos, para depois passar, no dia seguinte as fronteiras espanholas e parar em Alcântara, é um lugar muito pequeno e sujo, não tendo mais de 150 habitantes. Aqui eu vi crianças, já muito crescidas para tal exposição, vagueando pela aldeia em grupos, completamente nus. As mulheres eram mais bonitas do que qualquer um dos nativos que eu tinha visto ultimamente e usavam colares de ouro ricos e outros ornamentos. Das suas vestes, como não vira até ali, pendiam uma série de anáguas.
Amanhã espero escrever dos domínios espanhóis e então terei novidades de maior interesse. Adieu!
In: LETTERS FROM PORTUGAL AND SPAIN, WRITTEN DURING THE MARCH OF THE BRITISH TROOPS under SIR JOHN MOORE by an Officer (Sir Robert Ker Porter)