Este texto não é da minha autoria:
"O Património virtual é que está a dar
O
“caso” da arqueologia patrocinada e praticada pela Câmara Municipal de
Castelo Branco começa a ser considerado de manual das práticas mais
complicadas de perceber e entender. Arqueologia urbana? Arqueologia
preventiva? Tá quieto ! O que é isso?
Para
esta realidade têm contribuído um conjunto de situações cientifica,
metodológicas e políticas menos claras e de vários autores e autoras.
Não vamos desenvolver pessoalismos em demasia pois, a seguir, vem logo a
teoria da perseguição…
Há
tempos fizemos referências à “descoberta” de um aqueduto do antigo
sistema de águas da cidade. Foi daquelas coisas que acontecem. Que
chatice ninguém estava à espera daquilo! Maldita máquina e aqueles
tipelhos dos blogs que só atrasam as obras do progresso da cidade.
Entretanto, e o mais caricato é que o espaço tinha sido objecto de
sondagens arqueológicas que como sempre em Castelo Branco não deram nada. Nem um caquinho. Rien de rien.
Algumas
pessoas manifestaram-se tendentes à sua preservação. A coisa foi mesmo
anunciada num jornal local pelo Arquitecto Afonso que como sabemos é o
responsável pelo IGESPAR cá do burgo. Para ele aquilo era para
manter…Até afirmou que devia ser colocado um vidro a proteger o achado
pois o mesmo tinha valor patrimonial.
Já o Presidente Joaquim Morão deve ter sido, imaginamos, como
sempre, subtil. Pela frente muito patrimonialista e falinha mansas que
sim, que sim Sr. Doutouri, por detrás encarou aquilo como, um entrave
aos «seus» parques de estacionamento. O progresso é que conta. E tem
todo o direito de assim pensar. Fazer parques de estacionamento é que é
preparar o futuro da cidade. È o seu entendimento e pronto!
Já
a arqueóloga foi, dizem, incansável no trabalho e nos acompanhamentos.
Fazia o que podia… fazer ou não fazer. Coitadinha da rapariga. Quando
soube que ela não pode assistir ao Congresso de Arqueologia do Museu por
causa do excesso de trabalho até percorri toda a zona histórica da
minha cidade para lhe dar a minha solidariedade. Infelizmente e depois
de ter tropeçado em muitos buracos e valas abertas em todas as ruas
medievas não a encontrei. Devia estar escrever os relatórios e a dar
cronologias aos achados que em Castelo Branco são TODOS do século XIX –XX!
Lá vieram os especialistas prometidos pelo Presidente Morão. Eram todos do IGESPAR á frente com o Pré-historiador PROF. JOÃO PEDRO de Paiva Gomes CUNHA-RIBEIRO
Não sabemos o que aconteceu nas reuniões mas terá sido ele a dizer que o túnel
NÃO TÊM INTERESSE NENHUM. NÃO é PATRIMÓNIO. NÂO VALE NADA PORQUE NÃO È ANTIGO? É DO SÉCULO XIX! Interrogamos , atenção, não afirmamos.
Então quem é que deu ordem para arrasar o achado e porquê? O IGESPAR, O Arquitecto Afonso? O Presidente Joaquim Morão?
O DOUTOR JOÃO PEDRO CUNHA RIBEIRO?
Quem é que arrasou tudo para dar lugar ao estacionamento dos pós-pós? Porque é que não se cumpriu a musealização?
Os
responsáveis NÃO ficaram com a consciência tranquila! E vai daí vão
fazer um filme da estrutura para ser projectado no cimento da parede
para os srs. automoblistas verem enquanto estacionam. Que lindo!
Destrói-se
o original em troca de uns lugares para carros Que ecológico! È uma
lição de património com a apoio do Presidente para iluminarem os toscos
dos albicastrenses que não sabem nada de património… Vai ser giro
explicar aos nossos netos que antes do betão do parque de estacionamento
havia uma estrutura em pedra seca em xisto, do século XIX, que foi
arrasada pelos sábios da câmara do século XXI, com o apoio e conivência
dos reponsáveis?
Última pergunta quem paga o filme? E já agora a nível do património em Castelo Branco quem apaga a luz destas iluminações. CHEGA. ALBICASTRENSES
PARA A FRENTE COM A ASSOCIAÇÃO DE PATRIMÒNIO CULTURAL.
PS- O LOCAL ESTÁ NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRECTA DE MONUMNENTO NACIONAL. OU NÂO?
As fotos recentes são autoria do nosso estimado Amigo Luís Norberto Lourenço, a quem desde já agradecemos"
Fonte do Texto: http://porterrasdoreiwamba.blogspot.co.uk/2008_06_01_archive.html