domingo, 11 de janeiro de 2015 | By: Albicastelhano

Adeusinho...



Este texto não é da minha autoria mas concordo plenamente com ele:

---"
E pronto é a vidinha. Até vem o valor da reforma no Diário da República. O nosso velho amigo Sr. Arquitecto José Afonso já está de abalada do camaleónico cargo que, na última década, desenvolveu com muito brilho e competência – director do IPPAR, do IGESPAR e da Delegação Regional da Cultura do Centro.

Vai daí resolveu conversar com uma jornalista do”Reconquista”, jornal da Paróquia da minha cidade, sobre vários assuntos com interesse para o património da região. A mesma, foi chamada de primeira página. O título, por baixo da fotografia do arquitecto (que reproduz um sorrisinho malandreco a gozar a reforma ao contrário de outras que o apresentavam com o semblante carregado), é muito interessante -CULTURA. JOSÉ AFONSO DEIXA CRITICAS NA HORA DE SAIR



Mas… que diabo! Quando pensávamos que ia ser e sair coisa da grossa, a peça reproduz umas criticas mais a penderem para o ressabiamento e para os ressentimentos … burocráticos. Mas há que ler com atenção mais esta peça produzida com o pensamento do Sr. Arquitecto, principalmente pelas contradições, inverdades processuais, históricas e ignorâncias que apresenta. Desde logo a sua paixão, agora declarada, pela arqueologia é o máximo. A apropriação por parte dele (logo do antigo IPPAR-IGESPPAR) dos trabalhos de natureza arqueológica que ainda estão a ser realizados na cidade é, no mínimo, de gosto duvidoso. Até questões do foro científico produzidas pelos nossos colegas são aí escarrapachadas. Ainda por cima são do conhecimento de muitas pessoas as suas atitudes palacianas e pouco firmes relativamente ao património da nossa cidade. Não nos esqueçamos dos clandestinos e dos projectos de classificação como património nacional o Parque da cidade e de outras pérolas… A delegação de Castelo Branco, só agora “descobriu” Castelo Branco? È algo tarde, não acha Sr. Arquitecto Afonso!

Mas Senhor arquitecto, a bem da verdade histórica, pode estar descansado. As positividades da sua longa gestão do património regional serão, no futuro, aqui revelados. Um trabalho de arqueologia da memória muito, mas mesmo muito difícil mas sairá. Fica prometido. Revelação em todos os contextos, situações e acima de tudo protagonistas…


Também de muito interesse para a análise do estado da Nação cultural, as criticas feitas pelo arquitecto José Afonso à antiga Ministra da Cultura Professora Doutora Isabel Pires de Lima. O antigo dirigente superior do IPPAR e do IGGEPAR, o actual Presidente da Delegação da Cultura de Castelo Branco, o Presidente da Ordem dos arquitectos do distrito de Castelo Branco, antigo funcionário do Estado em Macau, o membro pelo Partido Socialista da Assembleia Municipal de Castelo Branco diz que a sua antiga ministra do Governo que o renomeou ser: e citamos «uma ministra de má memória.»

Que engraçado. O Sr. Arquitecto não fazia parte do concelho geral do IPPAR que era só o órgão principal da gestão do património de Portugal? E o que é que lá dizia? Fez muitas propostas para melhorar a gestão da coisa pública? Não recebia ajudas pelo custo de ir contemplar o Tejo? Não era uma pessoa de confiança politica do Ministério? Onde está o princípio de lealdade e de postura de Estado republicana? Enfim deve ser do cansaço intelectual. Olhe, meu caro, critica por crítica pode continuar a criticar, agora às claras, a Câmara Municipal de Castelo Branco que era para si, os grandes responsáveis pela desgraça e descuido patrimonial da cidade. Pois neste caso, o Sr.,. Arquitecto não é, como diz o nosso Povo, pobre e mal agradecido. É rico. Parabéns pela merecida reforma deste ex-agente do Estado. Agora que já tem mais tempo livre venha mais vezes a Idanha-a-Velha em passeio higiénico. Adeusinho, muita saúde e até um dia.


PS – Diz o Arquitecto: «na cidade quinhentista existe património cristão, património cristão-novo e património judaico, um conjunto que a nível da Beira Interior Norte e Sul e Norte Alentejano tem impacto que pode atingir o interesse mundial.». Sim, sim. Pois. "


Fonte do texto e fotos:http://ariadnavallbassas.blogspot.pt/2009/01/adeusinho.html