Este texto não é da minha autoria mas concordo plenamente com ele:
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E pronto é a vidinha.
Até vem o valor da reforma no Diário da República. O nosso velho amigo
Sr. Arquitecto José Afonso já está de abalada do camaleónico cargo que,
na última década, desenvolveu com muito brilho e competência – director
do IPPAR, do IGESPAR e da Delegação Regional da Cultura do Centro.
Vai
daí resolveu conversar com uma jornalista do”Reconquista”, jornal da
Paróquia da minha cidade, sobre vários assuntos com interesse para o
património da região. A mesma, foi chamada de primeira página. O título,
por baixo da fotografia do arquitecto (que reproduz um sorrisinho
malandreco a gozar a reforma ao contrário de outras que o apresentavam
com o semblante carregado), é muito interessante -CULTURA. JOSÉ AFONSO DEIXA CRITICAS NA HORA DE SAIR
Mas…
que diabo! Quando pensávamos que ia ser e sair coisa da grossa, a peça
reproduz umas criticas mais a penderem para o ressabiamento e para os
ressentimentos … burocráticos. Mas há que ler com atenção mais esta peça
produzida com o pensamento do Sr. Arquitecto, principalmente pelas
contradições, inverdades processuais, históricas e ignorâncias que
apresenta. Desde logo a sua paixão, agora declarada, pela arqueologia é o
máximo. A apropriação por parte dele (logo do antigo IPPAR-IGESPPAR)
dos trabalhos de natureza arqueológica que ainda estão a ser realizados
na cidade é, no mínimo, de gosto duvidoso. Até questões do foro
científico produzidas pelos nossos colegas são aí escarrapachadas. Ainda
por cima são do conhecimento de muitas pessoas as suas atitudes
palacianas e pouco firmes relativamente ao património da nossa cidade.
Não nos esqueçamos dos clandestinos e dos projectos de classificação
como património nacional o Parque da cidade e de outras pérolas… A
delegação de Castelo Branco, só agora “descobriu” Castelo Branco? È algo
tarde, não acha Sr. Arquitecto Afonso!
Mas
Senhor arquitecto, a bem da verdade histórica, pode estar descansado.
As positividades da sua longa gestão do património regional serão, no
futuro, aqui revelados. Um trabalho de arqueologia da memória muito, mas
mesmo muito difícil mas sairá. Fica prometido. Revelação em todos os
contextos, situações e acima de tudo protagonistas…
Também
de muito interesse para a análise do estado da Nação cultural, as
criticas feitas pelo arquitecto José Afonso à antiga Ministra da Cultura
Professora Doutora Isabel Pires de Lima. O antigo dirigente superior do
IPPAR e do IGGEPAR, o actual Presidente da Delegação da Cultura de
Castelo Branco, o Presidente da Ordem dos arquitectos do distrito de
Castelo Branco, antigo funcionário do Estado em Macau, o membro pelo
Partido Socialista da Assembleia Municipal de Castelo Branco diz que a
sua antiga ministra do Governo que o renomeou ser: e citamos «uma
ministra de má memória.»
Que
engraçado. O Sr. Arquitecto não fazia parte do concelho geral do IPPAR
que era só o órgão principal da gestão do património de Portugal? E o
que é que lá dizia? Fez muitas propostas para melhorar a gestão da coisa
pública? Não recebia ajudas pelo custo de ir contemplar o Tejo? Não era
uma pessoa de confiança politica do Ministério? Onde está o princípio
de lealdade e de postura de Estado republicana? Enfim deve ser do
cansaço intelectual. Olhe, meu caro, critica por crítica pode continuar a
criticar, agora às claras, a Câmara Municipal de Castelo Branco que era
para si, os grandes responsáveis pela desgraça e descuido patrimonial
da cidade. Pois neste caso, o Sr.,. Arquitecto não é, como diz o nosso
Povo, pobre e mal agradecido. É rico. Parabéns pela merecida reforma
deste ex-agente do Estado. Agora que já tem mais tempo livre venha mais
vezes a Idanha-a-Velha em passeio higiénico. Adeusinho, muita saúde e
até um dia.
PS
– Diz o Arquitecto: «na cidade quinhentista existe património cristão,
património cristão-novo e património judaico, um conjunto que a nível da
Beira Interior Norte e Sul e Norte Alentejano tem impacto que pode
atingir o interesse mundial.». Sim, sim. Pois. "
Fonte do texto e fotos:http://ariadnavallbassas.blogspot.pt/2009/01/adeusinho.html