sexta-feira, 5 de maio de 2017 | By: Albicastelhano

Castelo Branco na História em Histórias IV


(Do road-book/diário do cirurgião do 40ºRegtº de Infantaria Inglês, Charles Boutflower)
8 de Agosto de 1811
(...) No dia 5 saímos de Nisa e marchamos por estradas quase intransitáveis três léguas até Vila Velha. No dia seguinte seguimos para uma pequena aldeia chamada Sarnadas e, na manhã seguinte, chegamos à cidade antiga de Castelo Branco. É sede de um Bispado e a Catedral, bem como o resto da Cidade, encontram-se em grande estado de dilapidação. O Palácio e os Jardins de sua Reverência, contudo, estão em excelente estado de conservação e têm um ar de luxo e conforto como eu não vi antes neste País.
Quando chegamos a Castelo Branco, o Comissário Geral da Divisão tinha ordens para não avançar mais. No decurso do dia, no entanto, recebemos nova ordem obrigando-nos a marchar esta manhã para Penamacor, que, estando apenas a oito léguas de Castelo Branco, demoraremos quatro dias a fazer. O calor excessivo do tempo torna impossível fazer longas marchas sem que as tropas se ressintam. Actualmente há uma grande quantidade de doenças das quais é vítima um grande número de oficiais. Realmente, considero o clima deste país, durante os meses quentes no Outono, pouco menos insalubre do que as Índias Ocidentais.
In: The Journal of an Surgeon during the Peninsular War by Charles Boutflower 40th reg. (tradução livre por JVC)
(Desenho do Álbum de Campanha sobre marchas, manobras e planos militares, do Capitão MANUEL ISIDRO DA PAZ)

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